O “consórcio do lixo” existe há dois anos e meio, mas ainda não houve nenhuma ação concreta
Se houvesse seleção do material em casa e coleta seletiva pública esta mulher não precisaria passar o dia catando material no lixão de Limoeiro. Foto: Melquíades Júnior |
Depois de uma visita a uma usina de reciclagem e produção de energia na Alemanha, João Dilmar acredita que encontrou a solução ambiental para o atual lixão. Seria exatamente o modelo apresentado pelos dois palestrantes na Semace. A intenção é que seja construído um aterro, uma usina de reciclagem, e um laboratório em Limoeiro (em área de acesso a outros municípios) para que do chorume (líquido produzido pelo lixo) sejam produzidos biogás e adubos orgânicos.
EXISTEM, no Ceará, nada menos que 288 lixões. Mas o consórcio intermunicipal do lixo existe há dois anos e meio, sem que, até agora, nenhuma ação concreta tenha sido feita.
MAS NÃO FOI POR FALTA DE RECURSOS que a situação no lixão de Limoeiro perdura há décadas. Em 2009 o Tribunal de Contas da União julgou e condenou o ex-prefeito José de Oliveira Bandeira, conhecido por “Careca”, a devolver aos cofres públicos R$ 421 mil recebidos mas não usados na instalação de um aterro sanitário no Município. O ex-prefeito foi condenado por não prestar conta das verbas repassadas pela União. José de Oliveira faleceu no ano passado.
EM JULHO DESTE ANO, catadores de material reciclável de vários municípios realizaram uma marcha, em Limoeiro, para pedir a construção de um aterro sanitário, bem como orientar que os moradores façam a coleta seletiva em casa, assim os catadores não teriam que buscar esse material nos lixões, onde estão sujeitos a uma série de riscos.
Repórter: Melquíades Júnior
Fonte: Blog Diário Vale do Jaguaribe